Na manhã desta terça-feira, dia 1º de julho, um acidente aéreo chocou os moradores de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Um monomotor usado para treinamento no Aeroclube local caiu em uma área rural da cidade, mais especificamente na Estrada Municipal José Domingues Netto, nas proximidades da Estância Santa Inês. Infelizmente, a queda resultou na morte de duas pessoas: o instrutor de voo e o aluno que o acompanhava.
As imagens registradas no local logo depois do acidente mostram os destroços espalhados no meio do mato, com pedaços do avião retorcidos e sinais claros do impacto violento. Apesar do susto e da tragédia, a aeronave não atingiu casas, postes ou outras estruturas próximas, o que poderia ter tornado a situação ainda pior.
Segundo o Corpo de Bombeiros, seis viaturas foram enviadas para o atendimento da ocorrência, com um total de 16 militares trabalhando no resgate. Foi o médico do SAMU quem confirmou os óbitos ainda no local do acidente. A cena era de silêncio e consternação — um daqueles momentos que a gente torce pra não acontecer, mas, infelizmente, acontece.
A aeronave era do modelo CAP-4, de fabricação antiga, usada com frequência em aulas práticas de voo. Ela era monomotor, com capacidade para duas pessoas, justamente como estava sendo utilizada no momento da tragédia. O avião pertencia ao Aeroclube de São José do Rio Preto, uma instituição tradicional da cidade que já formou diversos pilotos ao longo dos anos.
Até agora, o que se sabe é que o avião caiu por volta das 11h50 da manhã, horário em que o céu estava relativamente limpo, segundo relatos de moradores da região. Não havia sinal de mau tempo nem ventos fortes na hora da queda, o que levanta questionamentos sobre falhas mecânicas ou algum erro humano. Nada foi confirmado ainda.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) já foi acionado e deverá abrir uma investigação pra apurar as causas do acidente. A Polícia Técnico-Científica também esteve no local para recolher evidências e ajudar a montar o quebra-cabeça de tudo que aconteceu.
Vale lembrar que, apesar de acidentes com aviões pequenos serem mais comuns do que com aviões comerciais, a aviação em geral no Brasil é considerada segura. Mesmo assim, cada tragédia como essa liga o alerta — principalmente quando envolve instituições de ensino, como é o caso do aeroclube.
Ainda não foram divulgados os nomes das vítimas, mas sabe-se que o instrutor era experiente e trabalhava havia anos na formação de novos pilotos. Já o aluno estaria em uma das suas primeiras aulas práticas. Amigos e familiares das vítimas começaram a se reunir nas dependências do aeroclube no início da tarde, visivelmente abalados.
Esse acidente acontece em um momento em que o setor da aviação civil no país tem buscado se reaquecer após os impactos da pandemia e da crise econômica. Muitos aeroclubes retomaram suas atividades com força total em 2024, inclusive promovendo feiras e eventos aéreos — o próprio Aeroclube de Rio Preto tinha planos para uma apresentação em agosto.
Agora, com essa tragédia, o clima é de luto. A comunidade local, especialmente quem vive nos arredores da aviação e da formação de pilotos, sente a perda de forma intensa. E como costuma acontecer, enquanto a investigação segue, a dor e as perguntas ficam no ar.

