Homem perde a vída atropelado logo após receber alta por atropelamento

São Paulo — Um homem de 48 anos faleceu na madrugada desta terça-feira (9/7) devido a um atropelamento ocorrido na noite de segunda-feira (8/7) em Mirassol, interior de São Paulo. Curiosamente, no domingo (7/7), ele havia recebido alta hospitalar após outro incidente de atropelamento.

De acordo com o boletim de ocorrência obtido pelo jornal Diário da Região, André Moisés Ferreira foi atingido por um veículo dirigido por uma mulher. Ela afirmou à Polícia Militar que a via era mal iluminada e que não conseguiu avistar a vítima a tempo de evitar a colisão.

O acidente ocorreu na esquina das ruas Ruilândia e Paulo Lopes Anjos, no bairro Jardim Santa Rita.

O homem foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mirassol. Posteriormente, ele foi transferido para o Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto (SP) devido a um traumatismo craniano. Infelizmente, André Moisés faleceu devido a uma parada cardiorrespiratória.

O irmão de André informou à polícia que ele já havia sido atropelado poucos dias antes e tinha recebido alta médica no dia anterior ao segundo acidente.

O caso foi comunicado à Polícia Civil, que irá investigar as circunstâncias do ocorrido.

Saiba mais:

O número de internações de pessoas atropeladas aumentou no país no primeiro semestre de 2024

O convívio entre pedestres e motoristas nem sempre é tranquilo.

“São pouquíssimos que dão a preferência para os pedestres”, diz a operadora de caixa Elizabeth Santos Souza.

“Eu já tive que frear em cima de pedestre”, conta o taxista José Geraldo de Almeida.

O Código Nacional de Trânsito determina que o pedestre sempre tem prioridade sobre os demais usuários das vias públicas. No entanto, dados preocupantes indicam que o número de internações de pedestres na rede pública cresceu 13% no Brasil no primeiro semestre de 2024. Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, quase 19 mil pedestres necessitaram de internação pelo SUS ao longo desse ano.

“Esses números, além de preocupantes, retratam três comportamentos inseguros no trânsito: a impaciência, a imprudência e a desatenção. Tanto para motoristas e, principalmente, para a parte mais vulnerável, que são os pedestres” diz Alysson Coimbra, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.

Quem se arrisca, apressa o passo. A família do Henrique Rodrigues não dispensa a passarela.

“Evita um acidente, evita um risco, evita entrar na estatística de acidente por conta de imprudência”, afirma.

Quando não há passarela, a faixa de pedestres é fundamental para garantir a segurança dos pedestres ao atravessar as ruas. Segundo o Código Nacional de Trânsito, os motoristas devem respeitar a faixa de pedestres e dar a prioridade necessária para que as pessoas possam atravessar com segurança.

No entanto, infelizmente, nem sempre essa prioridade é devidamente respeitada, como no trágico caso de Francinedes Batista de Almeida Jesus, de 67 anos, que foi atropelada ao atravessar na faixa e com o sinal fechado para os motoristas no Centro de Belo Horizonte. Este incidente destaca a importância de conscientização tanto dos pedestres, que devem sinalizar e verificar a segurança antes de atravessar, quanto dos motoristas, que devem obedecer às normas de trânsito e dar prioridade aos pedestres na faixa.

“Eu tenho plena convicção que eu estava dentro do meu direito de pedestre”, diz a representante comercial.

Especialistas em segurança no trânsito defendem que, além de vias sinalizadas e fiscalização mais presente, é preciso ter educação.

“A gente ainda não conseguiu trazer a educação para o trânsito como uma política pública efetiva de nação. A educação é fundamental para levar mais segurança tanto para as crianças, quanto para os adolescentes, mas também para os adultos”, afirma Roberta Torres, especialista em segurança e educação no trânsito.