Mulher que foi brutalmente agredida em elevador compartilha como ficou seu rosto uma semana após cirurgia

Sete dias depois de passar por uma cirurgia delicada, Juliana Soares — aquela que foi brutalmente agredida dentro de um elevador, levando mais de 60 socos do ex-companheiro — resolveu mostrar ao público como está seu rosto. Foi nesta sexta-feira (8), nos stories do Instagram, que ela postou uma foto recente, revelando as marcas ainda visíveis da violência e do procedimento de reparação. A imagem, claro, repercutiu rápido.

O caso, que aconteceu no final de julho, chocou o Brasil inteiro. Não só pela covardia do ataque, mas também pela frieza das imagens registradas pela câmera de segurança. Desde então, milhares de internautas têm acompanhado cada passo da recuperação de Juliana, enviando mensagens de apoio, compartilhando sua história e até organizando campanhas virtuais. Hoje, ela já ultrapassa a marca de 675 mil seguidores na rede social, número que cresce a cada dia.

A agressão ocorreu num sábado, 26 de julho. Juliana estava no elevador quando foi surpreendida pelo ex-companheiro, que começou a desferir socos de forma incessante. Mais de 60 golpes, segundo a perícia. Ela só conseguiu escapar quando o agressor, por algum motivo, permitiu que saísse dali. As lesões foram graves: fraturas no rosto, no maxilar e outros ferimentos que exigiram uma cirurgia de reconstrução facial — procedimento que durou horas e mobilizou uma equipe médica inteira.

Nos bastidores, pessoas próximas contam que a recuperação tem sido dolorosa, tanto física quanto emocionalmente. A cirurgia foi apenas o primeiro passo. Juliana segue fazendo sessões de fisioterapia, acompanhamento psicológico e outros tratamentos complementares. Quem já passou por algo parecido sabe: não é só a pele que leva tempo para se recompor, é também a confiança, a paz de espírito.

Apesar disso, a forma como ela vem lidando com tudo inspira muita gente. Na publicação desta sexta, por exemplo, Juliana não usou palavras de ódio nem procurou atacar diretamente o agressor. Pelo contrário, agradeceu às mensagens e ao carinho recebidos, reforçando que sua luta agora é para se recuperar e ajudar outras mulheres a denunciarem casos de violência.

O episódio reacendeu debates sobre segurança em condomínios, o papel das medidas protetivas e a eficácia da Lei Maria da Penha. Infelizmente, não é um caso isolado. Segundo dados recentes divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de registros de agressão contra mulheres cresceu neste último ano, e a maioria dos casos acontece justamente em ambientes onde a vítima acreditava estar segura — como dentro de casa ou, no caso de Juliana, no prédio onde morava.

Na internet, o apoio se transformou em uma corrente de solidariedade. Perfis grandes, incluindo influenciadores e artistas, compartilharam a história, pedindo justiça. Alguns até lembraram casos parecidos que ocorreram recentemente, como o de outra mulher atacada dentro de um transporte por aplicativo, reforçando que a violência contra a mulher é um problema que atravessa todas as classes sociais e regiões do país.

Juliana, por sua vez, parece determinada a não deixar que essa história termine apenas como mais um número nas estatísticas. Segundo amigos, ela está planejando, no futuro, criar um projeto voltado para acolhimento de vítimas, algo que una orientação jurídica e apoio emocional. Por enquanto, o foco segue sendo a recuperação — e, a cada nova postagem, ela prova que está dando um passo à frente.

O caso segue em investigação, e o agressor, que já foi identificado, deve responder na Justiça. Enquanto isso, milhares de pessoas permanecem acompanhando, torcendo para que Juliana recupere não só o sorriso, mas também a tranquilidade que lhe foi roubada naquele elevador.