William Bonner é substituído às presas no Jornal Nacional e comunicado entrega a verdade

Na última sexta-feira, 8 de agosto, quem ligou a TV no horário do Jornal Nacional percebeu logo de cara que tinha algo diferente no ar. A tradicional bancada, onde William Bonner sempre marca presença com aquele tom sério e inconfundível, estava sendo ocupada por outras vozes e rostos. A ausência não passou despercebida e, como já é de costume, as redes sociais começaram a ferver com perguntas, especulações e até umas teorias meio exageradas.

Segundo informações publicadas pela colunista Fábia Oliveira, no portal Metrópoles, o motivo da falta de Bonner foi simples, mas inevitável: problema de saúde. A Globo, por meio da sua assessoria, confirmou a notícia e esclareceu que o apresentador estava com um resfriado, nada mais grave. Mesmo assim, optaram por poupá-lo, até porque, com a agenda puxada e o clima instável em pleno inverno, não dá pra brincar com isso.

No lugar dele, quem assumiu o comando do telejornal foi a dupla Flávio Fachel e Ana Luiza Guimarães. Eles já são conhecidos do público, mas sempre que aparecem no JN no lugar de Bonner e Renata Vasconcellos, a audiência sente aquele “climazinho” diferente. Afinal, estamos falando de quase quatro décadas de presença constante do âncora titular no jornalismo televisivo brasileiro. É como se, de repente, trocassem o narrador do jogo na final do Brasileirão — a partida segue, mas a sensação não é a mesma.

Bonner, que hoje é praticamente uma figura simbólica da TV brasileira, tem uma trajetória recheada de coberturas históricas e situações inesperadas. Em entrevista recente ao videocast O Futuro Já Começou, apresentado por Renata Capucci, ele comentou algumas histórias de bastidores na Globo que pouca gente conhece. Entre elas, revelou momentos de tensão ao vivo, falhas técnicas e decisões tomadas em segundos para manter o jornal no ar — coisas que o telespectador, sentado no sofá, nem imagina que estão acontecendo.

Aliás, esse afastamento de agora não é algo inédito. Em outros momentos, o apresentador já precisou tirar uns dias por conta de questões pessoais ou de saúde. Mas, num país onde a televisão ainda é a principal fonte de informação para milhões de pessoas, a ausência de um rosto tão familiar inevitavelmente chama atenção. É como se o “portão” que dá acesso às notícias mais importantes do dia ficasse um pouco diferente quando não é ele quem o abre.

A repercussão foi imediata. No X (antigo Twitter), usuários comentaram desde mensagens de “melhoras” até brincadeiras do tipo “se o Bonner faltar, o Brasil fica meio perdido”. Teve também quem aproveitasse para discutir a sobrecarga de trabalho que apresentadores desse nível enfrentam, com rotinas de preparação, reuniões de pauta e, claro, a pressão de entrar ao vivo para todo o país cinco vezes por semana.

É bom lembrar que, mesmo com todo o glamour que o público imagina, a profissão de jornalista televisivo exige bastante resistência física e mental. Um resfriado, que para muita gente é só um incômodo passageiro, pode comprometer a voz e a disposição — ferramentas essenciais para quem está diante das câmeras. E, convenhamos, não dá pra imaginar o Bonner lendo as principais manchetes do Brasil com a voz fanha e o nariz vermelho.

Ainda não se sabe se ele já voltou totalmente recuperado, mas, pela nota divulgada e pelo histórico, tudo indica que foi só um pequeno intervalo para cuidar da saúde. Enquanto isso, o público segue fiel, seja com Bonner na bancada ou com seus substitutos. No fim das contas, o importante é que a informação chegue clara e confiável, como o próprio apresentador costuma dizer.

Mas, para quem acompanha o JN há anos, a volta dele é sempre aguardada. E, se depender da relação de cumplicidade que construiu com o público, cada retorno é recebido quase como o reencontro com um velho amigo — mesmo que esse amigo apareça na sua sala todo dia, pontualmente às oito e meia da noite.